domingo, 24 de julho de 2011

Sinais de demissão podem ser identificados.

Apesar de o nível de desemprego está caindo desde Janeiro 2011 (6,2%), a rotatividade é alta e não apenas pelos pedidos de demissão. O receio de ser dispensado é comum entre profissionais.

Há sinais que indicam a possibilidade de ser demitido, explicam especialistas consultados. Se identificados a tempo, é possível reverter a situação. "O profissional vai ter oportunidades de tentar mudar", afirma Vladimir Valladares, diretor da V2 Consulting, de recursos humanos.

Essa mudança só será possível, no entanto, quando os motivos que podem levar à demissão forem técnicos. "Quando é assim, ele pode buscar esse conhecimento que falta", assinala.

Segundo ele, "é um caso perdido quando o perfil, os valores e as expectativas são muito diferentes dos da empresa".

Caroline Marcon, gerente da área de pesquisas corporativas da Hay Group, consultoria em gestão de negócios, ressalta que o comportamento dos funcionários é o que mais provoca demissões.

Nesse caso, mudar não é tão simples. "Quando o comportamento é inadequado, a decisão já está tomada e fica difícil mudá-la", afirma. O jeito, pondera ela, é preparar-se para retornar ao mercado.

MAPEAMENTO

Dentre os sinais que podem identificar uma demissão, ser excluído de projetos e reuniões importantes são os mais claros.

"[Começa a ocorrer] o esvaziamento das funções, quando, aos poucos, as atividades são retiradas desse profissional", explica Marisa da Silva, consultora de carreira da Career Center.

Em empresas que cultivam uma gestão de proximidade com colaboradores, é mais fácil perceber se há a possibilidade de demissão. "Isso acontece nos processos de avaliação", ressalta Marcon.

"O sinal mais visível é o constante 'feedback' negativo." Quando a gestão não é clara e eficiente, pode ocorrer a "fuga" do líder mesmo procurado, ele se recusa a dar qualquer retorno ao profissional.

Independentemente da gestão aplicada na empresa, quando os sinais não estão claros, vale uma conversa com o gestor.

"Mas tem que ser uma conversa racional", orienta Silva. Identificar sinais que indiquem uma futura demissão não basta para recuperar a credibilidade e manter-se no cargo.

Se o profissional está na zona de risco, ele precisa avaliar se precisa mesmo mudar. Um comportamento não se muda de um dia para outro e dificilmente uma mudança dessa natureza convencerá.

Se o problema é técnico, é preciso deixar claro que a questão será resolvida em um prazo determinado.

Fonte: Folha

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