quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Plano de Carreira é mais importante que salário na escolha de uma vaga.

Pesquisa da Curriculum mostra desejos e exigências para novo emprego.
Maior parte dos 15 mil entrevistados não está satisfeita com o trabalho.


O plano de carreira tem por objetivo colocar a pessoa nos trilhos do sucesso pessoal, profissional, familiar e comunitário, programando, assim, o crescimento nas quatro áreas de maneira eficaz. Ele possibilita programar o tempo necessário para alcançar os objetivos e avaliar se os conhecimentos são suficientes ou não para realizar os projetos.

Mas como definir o seu plano de carreira?

A maneira mais simples de se enxergar estratégia é pensar que você está em um ponto "A" e precisa atingir um ponto "B". Estratégia é o que deve ser feito para se chegar lá, o que nem sempre é uma linha reta. Aí entra a inteligência do estrategista em analisar as muitas variáveis envolvidas no processo e escolher aquela que melhor se aplica à situação. Quem costuma velejar sabe que para ir do ponto "A" ao "B" às vezes é preciso viajar em zigue-zague para aproveitar melhor os ventos. Porém, a idéia de pontos "A" e "B" é apenas uma ilustração simples, mas nem sempre reflete a realidade.

Seu plano de carreira deve acompanhar você por toda sua vida?

Não é o plano que deve acompanhar o profissional, mas a visão estratégica de sua carreira, porque o mercado vai mudar muito rapidamente. Quem começa uma faculdade pode encontrar a profissão que escolheu completamente diferente quando sair da escola 4 ou 5 anos depois. Antigamente se faziam planos para vinte anos, depois para dez, depois para cinco, para três... Hoje um terrorista qualquer assume o controle de um avião e muda o mundo em questão de minutos.

A melhor estratégia hoje é a estratégia da mudança contínua, ou melhor, da prontidão para a mudança.

Há coisas que são comuns a todas as profissões. Por exemplo, você precisa ter uma visão de marketing para qualquer atividade que exercer. Você precisa ter noções de finanças, de contratação e relacionamento com pessoas, visão organizacional, conhecimento de vendas e negociação. É enorme o número de atividades que você encontra em todas as empresas e essa experiência pode ser transportada para sua carreira em diferentes segmentos.

Muitos profissionais são completamente alheios a isso. Enquanto não trabalham na profissão exata que escolheram, acham que não há nada a aprender ali. É preciso entender que em qualquer atividade podemos encontrar atividades análogas cujos conceitos podem ser aplicados em outras atividades. As grandes invenções vieram de grandes analogias. Alguém viu uma chaleira e inventou a máquina a vapor.

Uma pesquisa da Curriculum, que ouviu 15 mil profissionais, mostrou que a remuneração não fica mais em primeiro lugar como fator decisivo na hora de escolher o novo emprego e o plano de carreira é o que mais conquista os profissionais.

Os resultados mostram que 65% não consideram a remuneração financeira o fator mais importante para escolha da vaga, mas sim a oportunidade de crescimento na carreira (83%), seguida por segurança e estabilidade (51,4%), benefícios (51,1%) e chances de aprendizado na área da profissão exercida (43,9%). A distância do local de trabalho vem em último lugar, com 9%.

Para a porcentagem que acha o bom salário o mais importante, a maioria (68,5%) também acredita que oportunidade de crescimento na carreira é o segundo fator mais importante, seguido de benefícios (41,6%), segurança/estabilidade (32%) e chances de aprendizado na área de profissão exercida (25,5%).

Em relação aos benefícios, para 51% dos entrevistados a participação nos lucros é o mais importante, com 50,7%, seguido de plano de saúde/assistência médica (46,3%, bônus mensal, semestral ou anual (33,1%) e vale-refeição com valor mais alto (21,3%). O menos requisitado é estacionamento (2%).

Os profissionais preferem ainda trabalhar com gestões mais próximas: 79% acham melhor ter orientações do superior, horários definidos, metas predefinidas e com limites de ações. Já 21% preferem gestões distantes, horários indefinidos e liberdade para decisões.

Quando questionados se estão satisfeitos com seus empregos atuais, 28,5% disseram não estar e 39% pensam em mudar de empresa.

Pensamento:
"Quem não sabe para onde navegar com seu barco a vela, nenhum vento é favorável."

Fontes: Mario Persona, G1 e Administradores.