domingo, 26 de setembro de 2010

HOME OFFICE - Trabalhar em casa exige alto grau de responsabilidade e auto-motivação.

Conheça as vantagens e desvantagens de montar um escritório em sua residência e evitar grandes deslocamentos diários. Antes de se arriscar no seu, tire suas dúvidas sobre esse esquema de trabalho.

O que é home office?
- É um esquema de trabalho no qual o profissional atua dentro da própria casa. Ele continua com as mesmas responsabilidades e metas, mas evita deslocamentos diários até a empresa ou sala comercial. O tempo gasto com transporte é aproveitado na atividade profissional.

Qual o perfil do profissional home officer?
- Baseada em sua experiência, Maria Cristina Cinopolli Gomas, diretora da Social Consultoria, considera que o profissional que deseja trabalhar em casa deve se fazer basicamente duas perguntas: gosto de trabalhar sozinho? sou organizado?

Ter equipamentos e estrutura tanto física quanto tecnológica também são importantes, assim como a compreensão da família. É bom estabelecer regras com os familiares para que eles não interfiram na sua rotina de trabalho e para que a relação entre todos da casa também não seja prejudicada, diz Maria Cristina.

Apenas profissionais autônomos podem ser home officers?
- Não. O engenheiro Ricardo Grimaldi, por exemplo, teve seu escritório transferido para dentro de casa quando atuava na unidade da Epcos, empresa sediada no Brasil. Na época ocupava o cargo de gerente de vendas para a América Latina e precisou deixar o espaço físico da empresa para trabalhar a distância. Quando a empresa implantou o esquema home office, uma das intenções era obter redução de custo. E isso realmente aconteceu. Com a mudança foi possível uma economia em torno de 100 mil euros por ano.

Mesmo distantes, os empregadores conservam uma relação com o funcionário e se mantém informados sobre a produção. No caso de Grimaldi, toda a equipe que atuava em casa se deslocava pelo menos uma tarde por semana à empresa física. Lá eram feitas reuniões e o profissional tinha a oportunidade de trocar experiências com outros colegas que também trabalhavam em casa. Quando nos encontrávamos nas reuniões conversávamos sobre o novo sistema e assim nos ajudávamos nesse período de transição, porque não sabíamos como era ter o escritório em casa, comenta Grimaldi.

A empresa ajuda o funcionário na adaptação do escritório para casa?
- De acordo com Paulo Ishimaru, gerente consultivo do Grupo Soma, a maioria dá um treinamento de como se trabalha em esquema home office. Não é simplesmente mandar a pessoa para casa. Precisa ensiná-la como atuar fora do ambiente corporativo, conta.

Além disso, as empresas que adotam esse sistema dão suporte de equipamento, como aconteceu com Ricardo Grimaldi. Eu pude trazer até os móveis que utilizava dentro da empresa. Assim montei um mini escritório dentro de casa. Acesso à internet, linha telefônica e aparelhos, como celular e laptop, também foram fornecidos ao gerente de vendas na época.

Autônomos que são home officers sofrem preconceito?
- Às vezes isso pode acontecer. Segundo Fabie Sivack, diretora da Fasmidia Assessoria de imprensa e Comunicação empresarial, as pessoas confundem trabalho em casa com trabalho caseiro, ou seja, sem profissionalismo. No entanto, a profissional afirma que há formas de mudar essa imagem. Certa vez um cliente me aconselhou a criar um logo para me apresentar como uma marca, e não só como eu mesma. Então, fiz uma logomarca, um cartão de visita e um site da Fasmidia. Toda esses esforços no sentido de me estabelecer como uma marca mudaram bastante a recepção dos outros.

Do que preciso para trabalhar em casa?
- Depende do tipo da profissão, mas alguns itens são básicos, como computador, internet, linha telefônica e contatos. O designer Gilberto Gouveia, por exemplo, explica que mantém o trabalho devido a rede de contatos que estabeleceu. Quando saí da agência de publicidade para trabalhar em casa, comecei do zero. Hoje, presto regularmente serviço terceirizado para uma agência de marketing e outros clientes, afirma Gouveia.

Quais áreas de atuação permitem trabalho home office?
- Segundo a consultora Claudia Monari, geralmente as empresas que lidam com tecnologia, como o Google, oferecem esse tipo de oportunidade a alguns funcionários. Mas é claro que tudo depende também da função desempenhada pela pessoa. Se ela atuar em uma área operacional, que depende de ferramentas na empresa, não conseguirá fazer o trabalho de casa.

Além desse setor de tecnologia, para o gerente consultivo Paulo Ishimaru, áreas como a Comunicação Social, jornalismo, publicidade e setores comerciais também permitem a implantação do sistema a distância.

A carga horária e a produtividade diminuem?
- Tanto o autônomo quanto o funcionário têm a mesma resposta para essa pergunta. Ao contrário do que costuma-se pensar, a produtividade aumenta, e muito. O mesmo acontece com a jornada de trabalho. Muitas vezes vi que já era meia-noite e ainda estava preso ao computador com os afazeres. Como estou em casa, acabo me esquecendo da hora e ficando mais tempo envolvido com o trabalho, conta o designer Gilberto Gouveia.

Suzana Piorino Maria, que atua em home office como diretora de RH das unidades da América do Sul da Sofitel, também diz ter uma boa produtividade, mesmo fora do ambiente da empresa. Para ela, a questão dos resultados está muito menos ligada ao local e mais relacionada ao profissional saber gerenciar sua demanda. Isso porque a pessoa pode estar dentro da empresa, trabalhando no escritório, e não ser produtiva.

# CONTRAS #

- A pessoa deve estabelecer limites.
- É preciso tomar cuidado para não ficar o dia inteiro trabalhando, informa Suzana Piorino, diretora de RH das unidades da América do Sul da Sofitel.

- As pessoas ainda não vêem com bons olhos o trabalho em casa. Às vezes é difícil conseguir cliente dizendo que trabalho em esquema home office, falou o Gilberto Gouveia, designer.

- Trabalho um pouco mais do que antes, justamente por não existir muito bem essa divisão entre casa e trabalho. Acontece, às vezes, de ficar o dia inteiro conectada, comentou a Fabie Sivack, diretora da Fasmidia, Assessoria de imprensa e Comunicação empresarial.

- Um aspecto negativo é que você fica longe dos colegas de trabalho. O home office acaba sendo muito solitário! Maria Cristina Cinopolli Gomas, é diretora da Social Consultoria.

Fonte: Zap empregos.

domingo, 19 de setembro de 2010

Qual o momento certo para mudar de carreira?

Mudar de carreira é uma decisão que não deve ser tomada de um dia para o outro. Iniciar uma nova trajetória profissional pode ser o caminho adequado para muitos profissionais que não encontram satisfação e sucesso naquilo que fazem, no entanto, é preciso muita cautela para avaliar se esta é apenas uma vontade momentânea, causada por problemas na empresa ou até mesmo por um projeto que não deu certo, ou se realmente este momento merece atenção e investimento.

Recomeçar exige muito mais do que vontade e entusiasmo. Além de aceitar uma remuneração mais baixa, o que é comum quando não se tem muita experiência em determinada área, o profissional também deve entender que precisará de muita dedicação para que o mercado o reconheça e para que seja capaz de assumir um novo cargo tendo as habilidades exigidas pelas organizações. Mas afinal, por onde começar?

“O primeiro ponto é identificar por qual motivo o profissional quer mudar de carreira”, define Sulivan França, presidente da Sociedade Latino Americana de Coaching. Para ele é importante que se entenda o ocorrido para que este mesmo fator não volte a acontecer no futuro, seja nesta ou em outra área futura. Além disso, trata-se de uma reflexão tão necessária quanto imprescindível na escolha da futura carreira profissional, o que exige muito mais ponderação e objetividade para maiores probabilidades de acerto.

Existem diversas formas de fazer a escolha adequada. Se mesmo após avaliar toda sua carreira o profissional se der conta de que precisa realmente apostar em novas atividades, trocar experiência com profissionais que já atuem no mercado de interesse pode ser decisivo. Ter pleno conhecimento dos prós e contras da nova área e avaliar se realmente deseja enfrentar estes desafios, auxiliam no processo da escolha e minimizam as chances de futuras frustrações.

Separar os hobbies de interesses profissionais é um dos pontos que devem ser levados em consideração nesta escolha, enfatiza Daniela Zanuncini, psicóloga, coach e diretora da Bem-Estar Desenvolvimento Humano. Ela explica que é necessário entender que uma pessoa que gosta de roupas e de vestir os amigos, por exemplo, pode não ter a menor habilidade para atuar na área de moda. “A maioria das pessoas confunde muito seus interesses e hobbies com o desejo de estar realizado em uma carreira”, explica. Outra questão que deve ser considerada pelo profissional é conhecer bem suas competências e dificuldades para não continuar carregando o mesmo tipo de problema.

A questão do planejamento financeiro também deve ser bem avaliada, principalmente quando esta mudança envolver outras pessoas, de forma direta ou indireta. Em grande parte dos casos o mais indicado é que o profissional se mantenha em sua posição atual até que consiga se estabelecer e não desanime rapidamente com a nova remuneração.

“Quando o profissional tem uma meta de mudar de carreira e é preciso avaliar o quanto a carreira em que ele se encontra hoje contribui para que esta meta seja alcançada”, explica Sulivan. Ao fazer este tipo de observação é comum que a pessoa perceba que ainda não é a hora certa de mudar de carreira até que consiga uma segurança, uma estabilidade financeira para poder se aventurar no mercado e partir para este novo mundo. “É de suma importância que a pessoa estabeleça um plano de ação e tenha um planejamento para que ela possa fazer esta transição de maneira menos traumática possível”, afirma.

Esteja preparado para o novo desafio!

Deixar tudo, ou quase tudo para trás em busca de satisfação profissional, ou realização pessoal, é uma tarefa que exige disciplina e muita dedicação. Apesar das organizações terem evoluído e já aceitarem, e muitas vezes até valorizarem, pessoas com este perfil, o mercado está cada vez mais competitivo e exige profissionais qualificados e preparados.

Para a administradora Juliana Schmidt , a carreira não é só momento, é uma construção a longo prazo, portanto alguns fatores devem ser avaliados e compreendidos por quem realmente deseja mudar:

• Não esperar que a mudança vá acontecer do dia para a noite;
• Não investir antes de fazer alguns testes no novo ramo;
• Não procurar ocupação nesta nova área sem fazer uma boa prospecção;
• Não deixar que o dinheiro seja o fator decisivo;
• Não entrar em determinada carreira apenas por modismo ou porque pessoas conhecidas tiveram sucesso.

Pesquisar bastante, avaliar todos os riscos e investir em si é a receita para o sucesso de qualquer mudança. De acordo com Juliana, “Quem faz o que gosta faz bem feito. O profissional que pensar assim encontrará o mercado de braços abertos”, finaliza.

Fonte: Carreira & Sucesso.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Conheça as dez mentiras mais utilizadas pelos candidatos no currículo.

No momento de elaborar um currículo, além de organizar as informações de forma correta, é importante que o candidato seja honesto para que o selecionador identifique os seus verdadeiros pontos fortes e fracos. Caso contrário, durante uma entrevista, o candidato pode até parecer excelente para preencher a vaga em aberto, mas na prática se mostrará inadequado.

Segundo Walquiria Ferreira, consultora de Recursos Humanos da Luandre, idealizar ou exagerar competências pode prejudicar a carreira de um profissional. Já a honestidade e verdade abrem portas.

“Mentir para conseguir uma colocação profissional é um risco muito grande para a carreira, pois se descobertas, as mentiras podem causar um novo desemprego ou mesmo impactar em propostas futuras”, diz a consultora.

No ambiente corporativo a mentira tornou-se algo mais frequente. Os profissionais a utilizam como meio de auto-promoção sem pensar nas consequências que isso acarretará a curto ou longo prazo.

Segundo Walquiria, a situação de uma entrevista de emprego causa no candidato medos e inseguranças e como um mecanismo de proteção muitos deles criam mentiras sobre suas experiências e qualificações que, quando descobertas, podem resultar na exclusão do processo seletivo.

“O ideal é que o candidato sempre fale a verdade sobre seus conhecimentos e habilidades sem omitir eventos importantes, pois a confiança é a base de qualquer relação, inclusive profissional”, explica a especialista.

Walquiria elaborou uma lista com as dez mentiras mais utilizadas pelos candidatos no momento de elaborar um currículo. Veja:

1 – Idioma
É aqui que aquele inglês do verbo to be - aprendido na escola durante o ensino médio - se torna intermediário ou aquele estudado por alguns meses em uma escola de idiomas vira um inglês avançado. O risco de mentir sobre o idioma é o de o candidato ficar em uma situação constrangedora, caso o selecionador decida conduzir a entrevista em inglês.

2 - Formação acadêmica
Ao citar que possui curso superior incompleto deve-se deixar claro se está cursando ou se foi trancado, pois a mentira não poderá ser mantida por muito tempo caso o selecionador exija um comprovante da universidade. Vale ressaltar que cursos de pequena duração e profissionalizantes não devem ser considerados MBA.

3 – Idade
Esta é uma questão que causa muita insegurança. Apesar de muitas empresas não fazerem restrições com relação a isso, muitos candidatos com medo de serem reprovados omitem a idade. “Presenciei casos de candidatos que mentiram a idade no currículo e na entrevista mencionaram uma idade diferente. Resultado: foram excluídos do processo seletivo não pela idade que tinham, mas pela mentira que contaram”, conta Walquiria.

4 - Cargos e funções
O cargo citado no currículo deve ser o mesmo da carteira de trabalho ou contrato. Não se deve criar um cargo. Um estagiário não deve colocar no currículo que foi assistente, por exemplo. Assim como não se deve exagerar nas funções realizadas mencionando mais atribuições do que realmente tinha. Aqui o ponto chave é a franqueza.

5 – Endereço
Nestes casos há muita omissão e muitas vezes mentira. O endereço de residência deve ser colocado no currículo mesmo que esteja concorrendo a uma oportunidade longe de sua residência O ideal é deixar clara a disponibilidade de mudança, mas nunca mentir sobre onde mora.

6 - Datas de entrada e saída
É muito comum vermos nos currículos candidatos mencionando “três anos de experiência em determinada empresa”. O ideal é colocar data de entrada e saída das empresas com dia, mês e ano. Isso é importante para saber quanto tempo o candidato está desempregado e qual foi à última empresa em que trabalhou.

7 - Participação em projetos
Dependendo do cargo e profissão, há pessoas que mentem sobre vários projetos que supostamente tenha feito parte, apesar de este ser algo mais difícil de descobrir, pois nem sempre é possível encontrar membros que tenham participado deste projeto. Ainda assim, se descoberto, deixará o candidato em uma situação complicada, pois o empregador perderá a confiança.

8 - Motivo do desligamento de empresas anteriores
Existem questões que são muito delicadas e pessoais que levam ao desligamento e nem sempre o candidato se sente confortável para falar sobre o assunto. Mas nestes casos, o ideal é falar que não estava sendo bom para a empresa e nem para o profissional. É comum o candidato citar em entrevista que saiu por corte, ou extinção do cargo. Neste caso, se o selecionador investigar poderá descobrir a mentira.

9 - Atribuições
Há casos de profissionais que são assistentes e na ausência de um gestor era ele quem respondia por algumas pendências, mas não é por isso que ele pode dizer que uma de suas atribuições era gerir uma equipe. Não se deve exagerar nas atribuições, pois mesmo que você consiga ser aprovado para a vaga, ao exercer a função, você poderá ser descoberto.

10 - Estado civil
Há alguns candidatos que acreditam que dependendo da função devem omitir o estado civil por acreditarem que isso irá refletir na aprovação do processo seletivo, assim como alguns dizem ser casados formalmente com a intenção de incluir o parceiro (a) como dependente. Isto não é necessário nos dias atuais, visto que se pode fazer um documento que comprove a união estável.

Fonte: UOL

sábado, 11 de setembro de 2010

OS TRÊS PAPÉIS DO VERDADEIRO LÍDER.

Por Roberto Shinyashiki.

Em geral quando se fala em líder, a tendência é imaginá-lo como aquele personagem carismático que tem idéias brilhantes e arrasta multidões. Mas não é só isso.

Há uma espécie de tripé de competências que sustenta os líderes campeões. E é preciso desenvolver cada uma dessas bases para ser um líder completo. Vamos ver cada uma delas:

O líder tem de ser um inspirador. Aquela pessoa que, com seus sonhos, com sua força, consegue contagiar todos aqueles que estão por perto a fazer as transformações necessárias.

O líder tem de ser um administrador. Ter uma meta, um sonho com hora marcada para se realizar. Mas não apenas a meta. Tem de ter também um plano para chegar ao seu objetivo e a capacidade de administrar matematicamente esse percurso.

O líder tem de saber ser chefe. Saber usar o poder do cargo, da posição, também é importante, em especial nos momentos de crise, nas ocasiões nas quais existem as pressões do tempo.

Imaginemos, por exemplo, um princípio de um incêndio dentro de um cinema. Naquele momento, não há tempo para diálogo, para se reunir e encontrar em grupo a decisão a tomar. Nessa situação, você precisa de uma pessoa com firmeza e coragem.

Alguém que não só tenha voz ativa para acalmar as outras pessoas, como também tenha equilíbrio para apontar a saída, direcionar os que estão em desespero, mesmo que isso signifique ficar numa posição de perigo. Ou seja, o chefe tem de entrar em cena.

Na empresa, o líder é aquele que, num momento de crise, quando os negócios estão à beira da falência, tem a coragem de apontar os caminhos, e a força para fazer com que os outros o sigam, apesar do risco, apesar do incêndio.

Nós dizemos em medicina que, se o médico não tem opção, o paciente também não tem opção. Para um médico, que se vê sem saber o que fazer, o que está faltando é a força de comando, característica típica dos chefes.

Um médico quando se depara com uma mulher grávida, cujo bebê está passando por uma situação de sofrimento fetal, não tem tempo de ficar refletindo muito sobre a decisão a ser tomada. O tempo espreme a possibilidade de amadurecer a decisão. Então ele tem de ser centrado para ordenar, aos outros ou a si mesmo: vamos fazer uma cesárea agora, porque, do contrário, a criança poderá morrer. A mãe, depois, poderá até ficar triste porque o sonho dela era ter o parto natural. Mas o sofrimento fetal exige essa tomada de decisão rápida.

Às vezes, a empresa tem um plano de crescimento, de vendas, porém, ocorre uma mudança inesperada de circunstância. Alguém tem de ter presença de espírito para enxergar com clareza o momento de decisão e colocar o barco na nova rota a ser tomada para que ele não naufrague.

O que eu observo é que cada pessoa tem uma tendência para exercer cada um desses papéis de liderança. Há aqueles que são excelentes inspiradores, só que não sabem administrar bem. São incapazes de estabelecer e cumprir os métodos que realizem os objetivos que criaram.

Outras pessoas são grandes inspiradoras, mas, na hora em que é necessário uma tomada de decisão rápida, falham porque não sabem liderar com os instrumentos que têm de ter o chefe, o comandante.

É por isso, que vemos tantos bons gerentes sofrendo. Porque eles são ótimos administradores. Recebem-se uma meta, algumas instruções e as diretrizes de como operar, se saem extraordinariamente bem. Mas esse mesmo gerente que é um bom administrador, às vezes não consegue inspirar sua equipe, ou não é capaz de tomar uma decisão rápida e acertada num momento de crise.

A experiência tem nos mostrado que é comum acontecer o contrário também. Acompanhamos novos empresários que começam com aquele gás, com aquela força, porque têm muita inspiração. Mas, passado um ano ou dois, percebem que precisam de sistemas, processos, métodos. São novos empreendedores que têm de aprender a ser também administradores. Portanto, é importante que as pessoas desenvolvam esses três aspectos do seu perfil.

Infelizmente, como o Brasil foi dominado pela ditadura durante mais de vinte anos, a maior parte dos profissionais que estão no mercado hoje foram criados para serem os chefes.

É preciso observar que sempre que ocorre uma crise, é porque houve uma falha no sistema de gestão. O que aconteceu é que essa pessoa, que está acostumada a liderar a equipe no grito, não teve a capacidade de dialogar, que o inspirador tem, e não teve a capacidade de estruturar, que o administrador tem.

Então, o verdadeiro líder é aquele que tem a capacidade não só de usar sua competência, sua força principal, seja ela da administração, do comando ou da inspiração, como também sabe lançar mão de qualquer uma das três no momento necessário.

Fonte: UOL Artigos.