sábado, 2 de maio de 2009

Líder ou Gestor: Se a crise é inevitável, a solução é tirar algum proveito!

Fusões, aquisições, freio na produção e, conseqüentemente, o enxugamento do quadro de pessoal assombram os ambientes corporativos. A maior preocupação do colaborador durante esses processos geralmente é a estabilidade. Mas cabe a cada um gerenciar a própria carreira, pondera Carlos Alecrim, Diretor Corporativo do Instituto Brasileiro de Gestão de Negócios. “Ninguém mais entra em uma empresa para ficar 30 anos. Quem pensa assim está ultrapassado”, que recomenda um programa de outplacement.

A responsabilidade de um líder é altíssima em quaisquer condições de mercado. Na crise, então, a cobrança torna-se ainda mais intensa. Os gestores desempenham um papel de extrema importância nas crises. Eles têm a meta de orientar e transmitir a confiança ao grupo de empregados de que os objetivos da companhia sejam cumpridos.

Avaliar o impacto da crise e traçar um plano de metas são outros pontos fundamentais, desde que acompanhados das devidas atenções para não cometer falhas. Essa prática envolve discussão com os demais integrantes da organização, que não apenas vão se sentir mais participativos como poderão auxiliar nas idéias construtivas.

Embora seja uma tarefa complicada, os gestores têm de enxergar oportunidades na crise. O perfil de liderança, mais do que em qualquer outro momento, é indispensável. Devemos ter o faro para encontrar o caminho correto para as ações. Na prática, fugir do fantasma da crise com o mínimo possível de erros implica muita paciência e perseverança.

Para suportar as pressões, contudo, é preciso ter momentos de descontração. Se não desafogamos as tensões, o clima de pânico facilmente toma conta. Geralmente as melhores idéias não surgem dentro da empresa, e sim, nos momentos de descontração longe do ambiente de trabalho.

Então, seguem 10 dicas:

- Ao transmitir más notícias, você pode se sentir inclinado a dizer aos funcionários que teria feito diferente e que a escolha não foi sua. Nunca culpe os seus superiores.
- Não recorra a uma gestão mais autoritária, na esperança de aumentar o controle. Reduzir as colaborações e a autonomia dos funcionários poderá produzir efeitos negativos.
- Cortar orçamentos não significa cortar prêmios. Incentivos de baixo ou nenhum custo podem ter ótimo impacto positivo. Então, não elimine os incentivos.
- Se necessitar demitir alguém, pense bem e faça as demissões de uma única vez, o que minimiza a perda de estímulo associada à espera por futuros cortes por parte dos seus funcionários.
- Faça com que os funcionários se sintam seguros para pedir ajuda com os projetos. Freqüentemente, os membros mais confiáveis de sua equipe serão aqueles mais sobrecarregados e menos dispostos a falar sobre isso. Não provoque um clima de medo.
- As perguntas mais difíceis precisam ser feitas. Valorize aqueles que levantem dúvidas e ofereçam soluções. Tente não reprimir as críticas, geralmente elas são construtivas.
- Adiar as decisões corporativas por muito tempo poderá custar caro quando resolver implementá-las. Se tiver uma boa idéia, não espere pela recuperação da economia.
- Peça aos seus funcionários que pensem nas coisas que poderiam fazer para ajudar a alcançar as metas da empresa. A ajuda de todos se faz necessária nesses momentos.
- Não permita que a qualidade dos seus produtos ou serviços sejam afetados, pois, criará um padrão inferior no ponto de vista do cliente, e que será difícil de restabelecer quando a situação voltar ao normal.
- Recebeu bilhete azul? É hora de circular ao máximo, freqüentar eventos, fazer uma pós-graduação e trocar e-mails, mesmo que isso implique em investir parte da rescisão no social. Em muitos casos, a instabilidade pode ser o combustível para movimentar a sua carreira.

Boa Sorte!

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