segunda-feira, 27 de outubro de 2008

O bom humor no ambiente de trabalho

Quando surgiu o "boom" da gestão participativa nas empresas – em que os colaboradores possuem certa autonomia em relação à liderança – gerou-se também o conflito de o líder sentir, de certa maneira, sua autoridade ameaçada. “Empresas horizontais estimulam mais questionamentos e requerem maior autoconhecimento corporativo”. Encontrar a harmonia entre as relações pessoais no trabalho nem sempre é fácil.

Tornar o ambiente de trabalho tão agradável como qualquer outro é o que nove entre dez especialistas da área de recursos humanos e motivação organizacional proferem na atualidade. Mas como cultivar o bom humor se as condições de trabalho e os colegas nem sempre são os mais satisfatórios? De acordo com um grupo de entrevistados por uma empresa especializada, o temperamento é algo intrínseco da personalidade da pessoa, mas pode ser trabalhado e melhorado.

“O bom humor estimula a produção de hormônios responsáveis pela sensação de prazer”, segundo Denise Manfred, da Business School São Paulo. Ela também diz que “bom humor não se fabrica, mas pode ser melhorado com treinamentos e autoconhecimento”. Mesmo assim, ela explica que existe um limite entre o bom humor construtivo e o destrutivo. “O sarcasmo e o preconceito podem vir disfarçados em forma de brincadeiras aparentemente inocentes. O líder deve ter a percepção em manifestações preconceituosas e tomar as devidas atitudes”.

O bom humor no trabalho não só torna as relações interpessoais mais agradáveis, como também “melhora a produtividade, ameniza pressões e o estresse. Identificar um profissional bem ou mal humorado começa já no processo de seleção. “Dá para perceber qual é o gênio da pessoa logo na conversa. Infelizmente, muitas empresas ainda levam mais em conta a parte técnica da pessoa, sem dar muita importância para a personalidade. Mais “tarde, o perfil do profissional pode não casar com o estilo da empresa, gerando conflitos”.

“O mal humorado pode ser uma tragédia, de acordo com o cargo da pessoa. Geralmente as pessoas com esse tipo de personalidade são uma âncora para a empresa, pois não vão para frente e impedem os outros de evoluir. Ele dá algumas dicas de como identificá-los: “o mal humorado não celebra vitórias, não ri, não é criativo, não agrega, gosta de chamar a atenção, é conformado, quadrado, auto-referente, previsível, mistura pessoal com profissional, é simpático, mas não empático”. Outro dado interessante de uma pesquisa realizada. “Em todos os treinamentos motivacionais que já foram feitos por uma empresa, cerca de 75% dos profissionais conseguiram alguma melhora. O resto é do tipo que não muda, tem feedback negativo e não quer enxergar seus pontos fracos.

E o que fazer quando se é preciso lidar com esse tipo de profissional? De acordo com os entrevistados, se você não puder mudar de emprego, tenha o mínimo contato possível com o mal humorado. “Se a pessoa é excepcional tecnicamente e não pode ser dispensada, recomendo a blindagem corporativa. Nesses casos você deve se relacionar apenas profissionalmente, deixando o lado pessoal de fora. “Ou você aprende a lidar com isso ou é melhor sair da empresa”.

Fonte: Especialista - Clarissa Janini

2 comentários:

Anônimo disse...

Você já conhece isso na prática não é amigo!
Muito relevante para a vida profissional e pessoal as postagens do seu blog, parabéns!

Anônimo disse...

pois é adriano, tenho uma mala mal umorado na empresa que trabalho e não aguentamos mais essa figura. Esse não é chamado de âncora por aqui, mas de monstro pré-histórico.
Valeu pela matéria.

Marques