segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Internet e Redes Sociais ajudam ou prejudicam candidatos na conquista de uma vaga?

Especialista em RH alerta para atitudes que devem ser evitadas nas redes sociais e na internet em geral para não prejudicar a carreira.

A internet tem deixado os processos de seleção de empregos mais ágeis e é uma importante ferramenta para todo profissional. Por outro lado, é uma rede que pode se transformar em uma perigosa armadilha.

A especialista em recursos humanos Elaine Saad fala sobre os cuidados essenciais nas redes sociais e na internet em geral. Entre as dicas de comportamento, ela indica não publicar fotos com roupas inapropriadas e em estado de embriaguez e evitar comentários sobre ex-empregadores.

Por outro lado, se bem utilizada, a internet ajuda na conquista de uma vaga. O número de agências de emprego pela internet e o uso de currículos on-line é cada vez mais comum. Segundo estudo da Robert Half, empresa de recrutamento especializado, os executivos brasileiros aparecem na primeira colocação entre os que mais acreditam que as redes sociais substituirão os currículos tradicionais no futuro.

Consultor de carreira alerta para os erros mais comuns dos candidatos.

Estudo realizado pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), de janeiro a maio deste ano, mostra que 40% dos candidatos a uma vaga de estágio foram reprovados nos testes de redação e no ditado. Os erros mais comuns são as trocas do “x” pelo “z”, do “s” pela cedilha e acentuação errada. Alguns dos candidatos cometem vários erros em uma só palavra.

Segundo Nayara Rojas, analista de recursos humanos, para ter mais chances o candidato deve acertar 70% dos testes. “A redação e o ditado são as tarefas que têm o maior peso no processo seletivo. É curioso, mas as pessoas que apresentam um baixo resultado no português acabam tendo um baixo resultado nas outras tarefas, inclusive lógica e matemática”, afirma.

Além dos problemas ortográficos, os candidatos também foram reprovados porque tiveram um baixo desempenho em raciocínio lógico (21%), não souberam se comunicar durante as atividades em grupo (12%), não se apresentaram devidamente - nesse quesito entraram aspectos como roupa, aparência e expressão corporal (12%), e não tinham os requisitos exigidos pelas vagas (10%).

Quem já está no mercado e procura recolocação profissional também comete erros que prejudicam a conquista de uma vaga. De acordo com Marcelo Abrileri, consultor de carreira, currículos mal formulados são muito frequentes. Eles chegam ao empregador sem informações que diferenciem o candidato dos demais e que mostre os pontos fortes dele, além de erros de português.

Além do currículo, uma recolocação exige aparência na entrevista e cuidados ao se comunicar, buscando falar bem o próprio idioma e até um segundo, caso a posição exija. Mostrar pessimismo, desânimo, falta de vontade de encarar mudanças e falar mal do empregador anterior são erros comuns que também devem ser evitados.

Redes socias: ajudam ou prejudicam os candidatos?

Procurar emprego é sempre uma tarefa árdua. Pensando nisso, o candidato deve sempre estar atento ao que pode atrapalhar esse processo. Rodolfo Roquette, executivo de Recursos Humanos e sócio da PROFF Consultoria de Gente & Gestão, alerta que as redes sociais, às vezes, podem ser grandes inimigas de quem está buscando um novo trabalho.

"As redes sociais - Facebook, Twitter, Orkut e similares - não ajudam a pessoa profissionalmente e ainda podem atrapalhar. Pode acreditar! Raramente estes sites são visitados com o objetivo de agregar predicados ou referências ao seu currículo e perfil profissional. No fundo, as redes sociais são visitadas com o intuito exclusivo de descobrir se existe algum comportamento que desqualifique o candidato ou para fazer uma análise primária e ver se o mesmo está alinhado com a cultura organizacional da empresa", declara Rodolfo, na quarta etapa do especial "Dicas para conseguir emprego".

Uma organização "low profile" jamais contratará um executivo que exibe em seu Facebook dezenas de fotos de eventos badalados, sites de fofoca ou revistas de celebridades, é o que afirma o especialista.

Internet: Usando bem, que mal tem?

Especialista em comportamento corporativo analisa como deve ser a relação entre funcionários e empregadores no que diz respeito ao uso da internet no ambiente de trabalho.

Qual é o limite para o uso sadio da internet no ambiente de trabalho?
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Qualibest sugere que as empresas precisam estabelecer parâmetros coerentes para isto. “A pesquisa aponta que aproximadamente 87% dos brasileiros usam a internet no trabalho para fins pessoais”, afirma Daniela do Lago, professora da Fundação Getúlio Vargas e especialista em comportamento corporativo. “O acesso às redes sociais e o downloads de programas e conteúdos inapropriados são uma prática cada vez mais freqüente nas empresas brasileiras. Isso sem contar o uso dos messengers e a propagação de e-mails desnecessários”, ressalta a especialista.

Proibir aos funcionários o uso destas ferramentas seria bastante inadequado, mas algum controle e estabelecimento de regras devem existir, até mesmo como forma de a empresa se proteger. Afinal, nunca se sabe quando alguém decidirá, por exemplo, repassar uma mensagem com conteúdo inadequado do computador da empresa, ou ainda decidir gastar a maior parte de seu tempo em bate-papos ao invés de cumprir compromissos de trabalho.

Segundo a lei, é do empregador a responsabilidade dos atos cometidos no ambiente corporativo. Desse modo, caso sejam observados downloads piratas, bem como outros tipos de contravenções penais, o responsável legal pelo incidente será o empresário. “Além disso, o “vazamento” de informações confidenciais por meio de e-mails e MSN é cada vez mais comum, e acaba por afetar a competitividade das empresas”, salienta a especialista.

Coibir ou proibir: eis a questão!
“Historicamente, a proibição nunca foi um mecanismo efetivo para coibir algum comportamento”, afirma Daniela. Com a internet não seria diferente. Por mais que se consiga bloquear determinados endereços e programas, sempre haverá uma porta nos fundos que permita um acesso clandestino. Mais efetivo, portanto, seria criar uma política que valorizasse o uso consciente da rede mundial de computadores. “A idéia é simples: você dá liberdade de uso ao funcionário, afinal, não é pecado responder um e-mail pessoal uma vez ou outra. Entretanto, deve-se deixar bem claro que a internet é uma ferramenta de trabalho, que deve ser usada para fins corporativos”.

Monitoramento da rede
Um mecanismo que pode auxiliar na coibição do uso indevido da internet é o monitoramento da rede. Muitas empresas já contam com um departamento de Segurança da Informação, que acompanha todas as atividades que os funcionários executam na internet. “A ferramenta é muito efetiva a partir do momento que traz ao funcionário a idéia de observação. Desse modo, mesmo ciente de sua liberdade de uso, ele sabe que o uso incorreto da internet poderá lhe acarretar alguma conseqüência”, salienta a especialista.

O aviso é Legal
Apesar de a empresa possuir o direito de tomar conhecimento das atividades que acontecem em seu nome (e os terminais de internet de seu espaço físico detém essa premissa), existe questões delicadas envolvidas nesse assunto. Pelo monitoramento esbarrar no direito constitucional de privacidade e sigilo de correspondência, é imperativo que se informe aos funcionários a existência de ferramentas de monitoramento, estabelecendo-se também claros limites de uso, baseados em direitos e deveres. “Desse modo, será acordado quais os usos permitidos da internet, sendo que o funcionário poderá estar inclusive sujeito a penas pelo descumprimento das diretrizes”, afirma Daniela.

Como punir?
Descoberto o mau uso da internet dentro da empresa, cabe ao gestor o bom senso de proceder de maneira a evitar que a má conduta se repita – e para tal não basta punir o responsável. Justamente por isso, segundo Daniela do Lago, recomenda-se, em um primeiro momento, um contato objetivo e pontual com o funcionário para discutir a ocorrência. “Nessa conversa, deve-se deixar bem claro quais os limites de uso da internet”, afirma a especialista.

Caso haja reincidência, o procedimento deve ser outro. “Por exemplo: o funcionário foi advertido por utilizar o MSN ao longo do expediente. Caso a ocorrência se repita uma demissão – ainda que sem justa causa – pode ser a alternativa mais eficaz”, pontua Daniela.

Com relação à propagação ou acesso a conteúdos pornográficos a questão é um pouco mais delicada. “A pornografia é expressamente proibida em praticamente todas as empresas. Dependendo das provas, esse tipo de comportamento pode ocasionar uma demissão por justa causa”. Isso sem contar que, caso o conteúdo esteja relacionado à pedofilia, as conseqüências penais serão ainda mais pesadas, chegando até a prisão.

Confira dicas para driblar a falta de rendimento e ainda assim aproveitar para dar uma espiadinha no Facebook com o método Pomodoro.

Já ouviu falar do método Pomorodo? Não, pois saiba que ele pode ser a solução para suas distrações nas Redes Sociais. Quem nunca perdeu aquele tempo precioso vendo coisas no Facebook e depois se deu conta que estava sem tempo para terminar o trabalho?

O método Pomodoro é uma técnica que divide o tempo em pequenos períodos de 25 minutos. Primeiro você ajusta o relógio e trabalha durante esse tempo até o cronometro apitar, depois é só descansar de três a cinco minutos. Nesse tempo você pode acessar sites de humor, de notícias, ver vídeo e outras coisas. Mas só por três minutos.

Quando você completar quatro Pomodoros, ou seja, quatro períodos de 25 minutos, aí é tempo de tirar um descanso maior, de 15 a 30 minutos. Pronto, você vai perceber que sua produtividade vai aumentar bastante.

O método foi criado por um italiano, Francesco Cirillo, na década de 1980. Ele diz que o método ajudou muito na sua carreira. Hoje ele é empresário e dono de uma empresa de consultoria em produtividade.

Fontes: G1, UOL e Empregos.